* 8 % de retorno, decomposto em 5,6% de Income Return e 2,3% de Capital Growth;
* Melhor desempenho nos hotéis e retalho;
* Boa performance no panorama mundial;
* Bom desempenho no longo prazo.
Conclusões retiradas do Índice anual imobiliário MSCI Portugal 2022, apresentado em Abril de 2023 no auditório da PLMJ. Sessão apresentada por Francisco Lino Dias, António Gil Machado (FRICS) e Luís Pedro Francisco.
* 8 % de retorno anual total, decomposto em 5,6% de Income Return e 2,3% de Capital Growth.
O Income Return traduz o rendimento das rendas em vigor (reflecte a relação entre o NOI e o capital aplicado), ao passo que o Capital Growth traduz o crescimento.
De notar que o Capital Growth balanceou 2 fatores negativos, nomeadamente a subida das yields (-0,5%) e o investimento (-0,3%), mas de forma positiva o crescimento das rendas (3,1%).
* Melhor desempenho nos hotéis (12,4%) e retalho (8,5%), bem como desempenho sempre superior ao ano anterior, nas diversas classes de ativos.
* Boa performance no panorama mundial, quando comparado com o retorno negativo do Reino Unido ou relativamente baixo de países do centro da Europa e Nórdicos.
* Bom desempenho no longo prazo. Além de ter apresentado um desempenho superior ao ano anterior, que tinha sido de 6,8%, as longas séries a 10 anos (7,2%) e a 23 anos (7,4%), revelam um sector robusto quando comparado com outros tipos de investimento. Esta performance é sólida, tanto em termos absolutos, como em termos de volatilidade.
A sessão foi complementada com uma mesa redonda que contou com a presença de Francisco Horta e Costa, João Diogo Cristina , Pedro Coelho e Francisco Sottomayor, que perspectivaram o contexto imobiliário atual.
Normalmente, as crises são também sinónimo de oportunidades, podendo Portugal surfar algumas ondas em torno dos seus fundamentais de mercado fortes, como sejam o contexto geopolítico, relação com o mar (no possível nearshoring), contexto laboral (seja pelos RH qualificados, seja pelos seus salários) e tendência crescente de turismo.
Última nota para o fim dos juros negativos ou nulos, sendo de esperar nesta nova realidade, um normalização do espaços de ação tradicionais de cada perfil de investidor, ou seja, core a investir core, core plus a investir core plus, value added a investir em value added e opportunistic a investir em opportunistic, este último a crescer um pouco por força da conjuntura nebulosa e de alguma incerteza.
RE:SUMO – sumo de real estate, é um projecto pessoal, que procura difundir conhecimento de forma simplificada.