Durante décadas, muitos centros históricos em Portugal enfrentaram fenómenos de desertificação e perda de vitalidade económica. Nos últimos anos, a reabilitação urbana tem-se afirmado como uma estratégia essencial para a valorização patrimonial, atratividade turística e dinamização dos centros urbanos. Investidores, fundos e particulares têm redirecionado o foco para edifícios antigos, convertendo-os em ativos com elevado potencial.
Entre 2013 e 2023, milhares de fogos foram alvo de obras de reabilitação em Portugal, especialmente em Lisboa e Porto, onde esta tendência se intensificou. O impulso tem sido reforçado por programas públicos como o IFRRU 2020, linhas de financiamento bancário e incentivos fiscais, incluindo a isenção de IMI e IMT para imóveis reabilitados localizados em áreas de reabilitação urbana.
A procura por habitação em centros urbanos é alimentada por três fatores principais:
- Turismo e arrendamento de curta duração – sobretudo em Lisboa, Porto e Braga.
- Habitação permanente – famílias jovens e profissionais estrangeiros procuram áreas centrais bem servidas de transportes e serviços.
- Investimento institucional – fundos especializados em reabilitação apostam em edifícios de escritórios ou em ativos mistos (residencial + comercial).
A reabilitação urbana representa também uma oportunidade sustentável. Segundo orientações da Comissão Europeia, renovar edifícios existentes contribui significativamente para a redução das emissões de CO₂ associadas ao setor da construção, sendo uma estratégia central para atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Do ponto de vista de um perito avaliador imobiliário, a reabilitação exige critérios específicos:
- Custos de obra e valorização pós-reabilitação: essenciais para avaliação para crédito habitação ou financiamento de projetos.
- Impacto das certificações energéticas: ativos reabilitados com eficiência energética podem obter prémio de valorização.
- Relatórios de avaliação imobiliária para fundos requerem cenários comparativos entre valor atual (em estado degradado) e valor expectável após obra.
O regresso ao centro não é apenas uma moda: é uma estratégia sustentável e lucrativa que molda o futuro das cidades portuguesas.
👉 Na PVW Tinsa, acompanhamos investidores e promotores com serviços profissionais de avaliação imobiliária, garantindo que cada projeto de reabilitação é analisado com rigor técnico e visão estratégica.